29/03/2024 as 08:37

ENTREVISTA

“A eleição pode ser resolvida no primeiro turno”, Emília Corrêa

A vereadora Emília Corrêa, recém-chegada ao PL, ratificou nessa entrevista para o jornal da cidade que está sim pré-candidata à prefeitura de Aracaju nas eleições municipais deste ano.

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“A eleição pode ser resolvida no primeiro turno”, Emília Corrêa

|Por Mayusane Matsunae

A vereadora Emília Corrêa, recém-chegada ao PL, ratificou nessa entrevista para o jornal da cidade que está sim pré-candidata à prefeitura de Aracaju nas eleições municipais deste ano. De acordo com ela, agora será o momento de ampliar as alianças e continuar com as conversas. Afinal, até o fechamento deste material, estão fechados com Emília o PL, o PSDB e agir. Diante do cenário político atual na capital, Emília não esconde a possibilidade do processo eleitoral ser resolvido no primeiro turno, apesar de entender a dificuldade. Confira o conteúdo completo:

JORNAL DA CIDADE -  A senhora já definiu o partido para a pré-candidatura à Prefeitura de Aracaju. Então, agora, já pode ter uma definição para a vaga de vice? O ex-senador Eduardo Amorim seria um bom nome, por quê?

EMÍLIA CORRÊA – Sobre a questão partidária, devidamente já batido o martelo e definido o partido, é o PL. Entendemos que acertamos nessa escolha, que é muito importante para as etapas seguintes. Com relação ao nome do vice, é um nome que nós temos dentro do agrupamento como objetivo de ser construído, de ouvir a pessoas, de ouvir o agrupamento. Portanto, não temos nenhum nome definido. Sobre o nome de Eduardo, que é pergun-tando, é um bom nome. Mas, não existe e nunca existiu uma conversa nesse sentido. Portanto, o mais importante para nós hoje é a construção desse nome. Temos até as convenções, que é em agosto, para definir esse nome. 

JC – Como vem sendo o diálogo com os demais partidos sobre as possíveis alianças?
EC – A primeira etapa vencida, a segunda etapa é que seriam alianças, conversas com alianças... Mas, primeiro nós tivemos conversas para definição do partido e decidir qual. Então, agora, pós-filiação vamos ver. Logicamente, que têm alguns partidos que já estão com a gente né? Que é o PL, PSDB e o Agir. Essas alianças poderão ser ampliadas lá na frente. As conversas continuarão, na política tem muito disso, né? E aí, eu gosto de registrar: embora digam que a gente não conversa, isso foi o que a gente mais fez até a primeira etapa. Na segunda, vamos continuar fazendo sim. Vamos ver aí quais são as alianças que poderão ser formadas ainda no pós-filiação.

 

JC – O que a senhora acredita que pode fazer diferente para conseguir ter sucesso nas eleições?
EC – Olha, se as eleições fossem pelo menos um jogo, elas teriam regras – principalmente, ética. Mas, lamentavelmente, parece que elas não são apenas jogos, é uma guerra! Então, o que a gente vai fazer nas eleições – buscando êxito – é transparência, verdade, coerência levada para análise dos eleitores, que vão analisar isso. Nós vamos fazer tudo o que devemos fazer, com a transparência e a verdade da nossa caminhada. E essa definição para o sucesso não cabe a nós. O que cabe é mostrar o trabalho, se apresentar para a sociedade aracajuana, que já conhece a Emília. Mas, lógico, outros passarão a conhecer, não é? Embora a capital seja pequena, nós nunca tivemos uma grande mídia conosco. Então, certamente, outras pessoas passarão a conhecer e essa definição do êxito da nossa campanha, quem vai dizer é o eleitor. É bem verdade que, independente do que o eleitor diga, é bom fazer o melhor sentido da ética e da verdade, principalmente.

 

JC – O prefeito Edvaldo Nogueira está no quarto mandato à frente da prefeitura da capital. Como avalia a gestão dele?
EC – É uma gestão de quatro mandatos seguidos que não resolveu problemas cruciais da cidade de Aracaju. É o que a gente percebe. Então, os pro-blemas cruciais, de todos os dias, como o transporte público – que o cidadão e a cidadã aracajuana é obrigada a enfrentar um transporte inadequado, sucateado, que não traz segurança e dignidade, onde pelo menos vezes no dia fica obrigado a enfrentar isso. Então, uma gestão com tanto tempo que não resolveu problemas seríssimos! Como por exemplo, também repito, a questão da mobilidade urbana, a acessibilidade, né? Coisas simples, inclusive como portais da transparência, que nunca é atualizado. É uma avaliação real do que eu estou fazendo. Lugares que poderiam ser visitados por turistas e até mesmo pelos munícipes, que não estão tendo a devida manutenção. 

 

JC – E o que a senhora poderia fazer diferente? O que esperar de Emília Corrêa?

EC – A primeira coisa que tem que se fazer é respeitar o dia a dia do cidadão, o deslocamento. Os itens que eu falei na pergunta anterior. Fazendo uma gestão de quatro mandatos são itens primordiais e de prioridade. Então, esses itens, que é um programa, um objetivo, uma meta se a Emília chegar realmente dar para o aracajuano um transporte digno, melhorar a mobilidade que é muito importante. São itens cruciais, que geram obrigação de enfrentamento todos os dias. As UBS [Unidades Básicas de Saúde] que a gente vem falando muito, que estão gritantes no sentido de não atender a necessidade básica daquela pessoa em relação à saúde, é a questão da escola, da tecnologia, dos espaços e da cidade na infraestrutura. São metas e objetivos que nós temos e mais trabalho, transparência, atenção e conversas com categorias. É o que podem esperar da Emília.

 

JC – O seu partido e aliados já estão trabalhando o seu programa de campanha e governo? A senhora quer eleger quais segmentos programáticos como prioritários?
EC – Nós já temos sim trabalhado e já começa a confeccionar esse programa de governo. A gente já vinha fazendo isso. Ele está todo embasado, princi-palmente, no conhecimento que a gente tem de toda a Aracaju durante esses anos de mandatos que nós temos. Onde a gente esteve perto das pesso-as, nos locais onde as pessoas moram exatamente angariando todos esses dados, né? Como vereadora, que é uma função que nos coloca muito próxi-ma do povo, é natural isso. Então, a gente já tem tudo isso listado, temos ouvidos técnicos e logo a gente vai estar com esse programa pronto para divulgar, para mostrar e isso é muito importante. Sobre a questão da prioridade dos segmentos, eu já disse em algumas falas minhas e eu sempre puxo porque eu sei que isso é o que mais cansa o munícipe no dia a dia: que é o transporte público, a mobilidade. A questão também que queremos ampli-ar dentro do transporte público são os modais. Outra questão, que a gente coloca também como prioridade, é a educação infantil. O déficit de creche que nós temos é uma prioridade para que as mães tenham autonomia. Essas mães consigam a provisão, o sustento, deixando suas crianças em lugares adequados. A questão da saúde pública dentro do patamar da educação também a questão da tecnologia e da dignidade dessas escolas. O respeito ao meio ambiente, principalmente nesse momento de mudança climática. Aliás, a gente precisa mexer em muita coisa, em quase tudo. Mas as prioridades iniciais serão essas aí citadas. 

JC – A senhora alista que já está com presença garantida no segundo turno? A eleição não tem como ser resolvida no primeiro turno? Por quê?
EC – O processo eleitoral, campanha, existe logicamente expectativa, projeções para qualquer candidato majoritário, é magnífico você resolver uma eleição no primeiro turno. Mas, a gente tem que aguardar. Mas, entendemos que pode sim acontecer um segundo turno ou que pode ser resolvido no primeiro também. Eu não gosto de gerar isso, uma prospecção que altera a todo tempo. Você pode perceber que muitas vezes que dentro da política de manhã é uma coisa e pela tarde é outra. Vamos aguardar. A eleição pode ser resolvida no primeiro turno, embora a gente entenda que é difícil. Então, prefiro aguardar. 

JC – A senhora priorizará os evangélicos em um eventual governo? Qual o papel das demais religiões?
EC – O importante para qualquer gestor, seja ele qual for, é respeitar o povo daquele município, daquele estado. Então, nós estaremos, se assim Deus e o povo nos levar para conduzir os rumos da prefeitura, governando ali para toda Aracaju. Será para todos e não haverá privilégios embasados em crenças, mas logicamente respeitando a todos, procedimento ou questão técnica que cada um vai trazer. Exatamente como uma questão de responsabi-lidade, de funcionamento da própria prefeitura para o povo. Então, nós não podemos ser uma prefeita dos evangélicos, dos católicos ou dos espíritas, nós seremos uma prefeita para todos e para todas as crenças.